Via Verde do AVC, em contexto pré-hospitalar e integrada com os cuidados hospitalares.

Realizou-se no dia 31 de janeiro, na delegação da Cruz Vermelha da Figueira da Foz uma sessão de esclarecimentos com o objetivo de promover uma integração da Via Verde AVC desde o contexto pré-hospitalar ao hospitalar.

O Acidente Vascular Cerebral é a primeira causa de morte em Portugal e está associado, igualmente, a uma elevada taxa de morbilidade e incapacidade funcional. A aprovação da fibrinólise no tratamento do AVC isquémico, tratamento específico que, administrado em determinadas situações, permite melhorar o prognóstico, está condicionada pela curta janela de tempo terapêutico. Pretende-se, portanto, uma rápida avaliação clínica e imagiológica que permita o início o mais precoce possível da administração do fibrinolítico.

Conscientes desta situação e sabendo que o tempo da inscrição e triagem, dos doentes no Serviço de Urgência, devem ser otimizados para uma melhor eficácia do tratamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE (HDFF,EPE) três médicos deste Hospital realizaram na delegação da Cruz Vermelha da Figueira da Foz uma sessão de esclarecimentos, com intuito formativo, dirigida aos colaboradores da delegação, para alertar quer nos procedimentos de contacto, quer no reconhecimento dos sinais de AVC, já que se pretende que no transporte do doente e após deteção de potenciais sinais de AVC, seja contactada a equipa hospitalar de urgência por telefone, permitindo a identificação do doente, de modo a que a admissão do mesmo seja convenientemente preparada com subsequente agilização do processo.

Os clínicos desta Unidade, Susana Magalhães, Abílio Gonçalves e Raquel Dias, sensibilizaram também os presentes na sessão de que quando o doente tem manifestações clínicas da doença deve ser encaminhado de forma muito urgente para um Hospital com capacidade de fazer terapêutica aguda do AVC, como é o caso do HDFF, EPE, ou ligar o 112. Consideram que é fundamental que a população seja educada para reconhecer os sinais de alerta (sinais de Cincinnati):

– Dificuldade em falar

– Falta de força num braço e/ou numa perna

– Assimetria da face (boca ao lado).

Pretende-se replicar esta sessão de formação nas delegações de Bombeiros e CVP que servem o HDFF,EPE.

11/02/2020
imagem do post do Via Verde do AVC, em contexto pré-hospitalar e integrada com os cuidados hospitalares.